A dieta estritamente vegetariana ou o estilo de vida vegano exclui o consumo de carne, peixe, ovos e laticínios, no entanto nem sempre é fácil perceber se os alimentos são realmente veganos. Para alguém que está no início de uma alimentação vegana, pode ser ainda mais desafiante saber quais produtos contêm ou não substâncias de origem animal.
Atualmente tem-se visto um grande aumento na oferta de produtos vegan, contudo a maior parte dos produtos nas prateleiras dos supermercados contém ingredientes de origem animal. De modo a confirmar se os produtos são 100% vegan, por vezes os consumidores conferem os rótulos e a lista de ingredientes dos mesmos.
Apesar desse escrutínio, às vezes certas matérias-primas não são muito evidentes, devido ao facto de serem identificadas com códigos (como os aditivos, que são identificados com um “e” e um número) ou por terem um nome complexo e pouco familiar. Para além disso, alguns produtos de origem animal são por vezes utilizados no fabrico como auxiliares (ex. Gelatinas no caso de filtragem do vinho), que não entram na composição do produto final, nem constam na lista de ingredientes, na embalagem do produto.
Por estes motivos, a presença de um selo independente, como o da V-Label, garante aos consumidores se um produto é realmente vegetariano ou vegano, pois a entidade responsável por atribuir a certificação faz uma verificação rigorosa de todas as matérias-primas usadas ao fabricar um produto, muitas das quais facilmente escapariam ao olho atento de qualquer consumidor.
Aqui encontras 10 alimentos que nem sempre são veganos (quando não têm uma certificação vegan, como da V-Label), e que tens de ter em atenção.
1. Chocolate
O cacau pode ser fermentado com cultura microbiana não vegana. Durante o processo de transformação para chocolate, por vezes é adicionado leite ou produtos lácteos, podendo conter caseína e soro de leite.
2. Cerveja
Algumas marcas utilizam uma substância gelatinosa (Ictiocola) obtida da bexiga natatória dos peixes, para clarificar ou filtrar a bebida. Também existem cervejas que no processo de adição de cor e sabor utilizam produtos de origem animal, como por exemplo, o castóreo. Igualmente, também podem conter caseína, proteína de leite, e claras de ovos na sua composição.
3. Vinho
Apesar de o vinho ser obtido através das uvas, durante o processo de clarificação e filtragem podem ser utilizados sangue animal, claras de ovos, gelatina animal, caseína e cola-de-peixe.
4. Gelatina
A gelatina, gomas e marshmallows podem conter colagénio animal, geralmente oriundo de bovinos, utilizados para dar consistência aos produtos.
5. Alimentos vermelhos
Muitos dos alimentos que têm cor avermelhada, como por exemplo, iogurtes, sumos e doces podem conter carmim, um corante derivado do inseto cochonilha.
6. Mel
Apesar de ser natural, o produto é fabricado a partir do esforço das abelhas, então os consumidores com uma dieta vegan optam por não o incluir na sua alimentação.
7. Produtos fortificados com Ómega 3
Alguns sumos, iogurtes e outros alimentos podem ser enriquecidos com Ómega-3, substância obtida através do óleo de peixes.
8. Pão
Em geral o pão é cozinhado com farinha, água, fermento e sal, no entanto a certos pães são adicionados laticínios, ovos, manteiga, leitelho, gelatina ou mel.
9. Açúcar
O açúcar refinado normalmente provém de duas fontes: cana-de-açúcar ou de beterraba. Durante o processo de clarificação do açúcar de cana, por vezes é utilizado carvão de osso, sendo que depois desta etapa deixa de ser considerado vegano.
10. Tisanas
Os chás em si são veganos, como por exemplo chá de camomila, no entanto algumas marcas comercializam misturas de ervas que podem conter ingredientes não veganos. Algumas tisanas contêm mel, carmim, gelatina e leite em pó.